domingo, 17 de maio de 2015

Por que amamos Ib?

Ib é aquele jogo que lembra uma noite no museu. Ib é um jogo popular de RPG Maker. A estória dele é sobre uma garota de nove anos que acaba perdida (?) em um museu. Acontece que aquele museu não é um museu comum; simplesmente depois de algum tempo as pessoas de lá sumiram e coisas cabulosas aconteceram.


Eu poderia dizer que Ib é o jogo mais popular entre a galera que curte RPG Maker por causa da sua estória 'super criativa' que ele  tem, mas, seria muito mais provável  dizer que as pessoas só o amam tanto assim porque na maioria das vezes, é o primeiro jogo que jogam. Eu posso até afirmar com certeza que a maioria das pessoas começaram a gostar de RPG Maker (Lembrando que falo desses famosos do tipo Misao, Mad Father, Witch House e por ai vai...) começaram jogando Ib primeiro. Até porque ele tem uma versão traduzida para nós, assim fica bem mais fácil. 

(Nota: Não estou criticando ninguém que tenha jogado ele primeiro, gostado e que tenha ele como seu favorito. Acreditem eu estou no mesmo barco!). 


O que Ib tem de tão especial assim? Aposto que existem pessoas que se perguntam isso. Então, eu estou aqui pra responder. O porquê de eu e tantas outras pessoas adorarem Ib! E não, não é só por causa dos motivos que citei acima.

Primeiramente, é muito claro que a estória inicial de Ib é muito cliché, ou vai me dizer que nunca viu nada que envolva museus? Mais cliché que isso só terror que se passa em mansões. Mas, além disso, é muito claro que o desenvolvimento de Ib é muito interessante. Os personagens, mesmo que poucos, agradaram muito ao público. Eles têm personalidades um tanto diferentes, então acho meio difícil uma pessoa não gostar dos três personagens. Pelo menos um ela deve gostar, por algum motivo.

Afinal, ninguém esperava que Mary atacaria Ib e Garry. Nem que aquele grupo ia se "dissolver"; ninguém esperava que eles não fossem sair juntos. Mas, também, muita gente só ligavam pra Ib e pro Garry. Afinal, todo mundo quer sair vivo no final, né? E de preferência, levar seu amigo também. Afinal quem não shippa (Traduzindo: Gostar) a Ib com o Garry? Não vale dizer que não shippa porque não curte pedofilia porque eles podem muito bem ficar juntos quando ela tiver maior e também que são só desenhos, isso não quer dizer nada! 

Assim como falei de Ellen no último post, vou falar da Mary, que pode até ser considerada a vilã da estória. Mas, eu não a considero. Em minha opinião, Mary é só uma outra coitada que queria amigos. No máximo ela vai me lembrar bastante a Viola. Mas, não, eu não a odeio. Assim como também não a amo. Eu sou neutra em relação a ela. Eu não me importei de matar ela, mesmo depois que disse que eu e ela sairíamos juntas daquele lugar, mesmo que o Garry ficasse pra trás (Essa foi a minha resposta na minha vez que joguei). Eu não me importei. É como disse, pra mim ela é só uma coitada, talvez, só um quadro, uma pintura que nunca deveria ter saído do lugar... Falando assim parece que eu a odeio. Mas, eu realmente não a odeio mesmo depois dela ter matado o Garry. Mesmo depois dela tentar me matar... afinal ela é só uma coitada, não é? Só queria amigos.

Mas, ao mesmo tempo, uma coisa que eu não posso negar é que eu amo o Garry. Ele é com certeza o melhor personagem do jogo. Eu não posso citar feitos que normalmente fariam eu me interessar por ele, ele só é bondoso com Ib, nada mais. Confesso que acho que esse amor veio depois que eu fiz meu primeiro final, cujo ele a Ib saem, mas não se lembram um do outro. Esse pra mim, é o final mais triste; se bem que o final que ele morre também não é tão legal.


Falando de finais, os finais de Ib são horríveis. Todos são tristes demais pro meu coração. Fico indignada que não tenha um final que mostre a vida da Ib e do Garry lá fora, felizes ou algo parecido. Seria muito engraçado, os dois lá fora rindo e a Mary morta. Algumas pessoas iriam se sentir triste com esse final não é? Logo, não tem como fugir dos finais tristes. Até se os três saíssem juntos, ia ter gente brava porque não gosta de tal personagem e quer que ele morra. Também que seria um final muito sem graça.

Finalizando, o que tem em Ib? Os gráficos são uns dos piores que tem, as imagens que ilustram os personagens também são, a estória é cliché, os pluzzes são fáceis, então.... o que mais faz você gostar é a relação que os personagens têm e que você cria com eles. Assim como vários jogos, os personagens são o ponto alto. Eu acho que o fraco de Ib é a estória em si, em vários sentidos. Também poderia dizer que os gráficos são muito ruins, mas, é RPG Maker afinal.


~ Kanako. 



Extra (?)
Outra coisa que eu quero adicionar, é se a Mary gostava mesmo da Ib, ou se só estava interessada no que ela tinha, ou seja, os pais dela, o amor que ela tinha e tal. Não deve ter sido só porque ela sabia que só dois podiam sair do museu que ela perguntou se a Ib gostava dos pais dela, e se tivesse que sair com alguém com quem sairia. Afinal, o que os pais dela tem a ver com isso? Realmente, dá pra notar que desde o inicio Mary estava interessada nisso e tem um final que ela realmente consegue. Até ai tudo bem, mas... notei que a Mary tem um certo poder sobre o Museu, tanto que quando as duas estão andando juntas, na parede aparece algumas mensagens do tipo "Vamos ficar juntas para sempre", "O museu é maravilhoso" e tal. Isso realmente parece ter sido escrito por ela.

Mas, aonde quero chegar? Lembram daquele quadro com os pais de Ib? Seria Mary tentando afetar Ib mentalmente? Sem dúvidas, se Mary gostava daquele museu, porque ela não mandou as esculturas pararem de atacar, se ela queria que eles ficassem, porque ela não disse pra parar? Talvez porque ela também não queria que eles ficassem ali. Talvez ela precisasse de Ib pra poder retornar como filha dos pais delas.

Outra coisa duvidosa é como Mary controlou a mente dos pais dela? Eles deviam ao menos se lembrar que só têm uma filha não é? Eu acho que a Mary é uma personagem um tanto complexa e talvez muito mais poderosa do que imaginamos, muito mais inteligente. De fato, não dá pra afirmar muita coisa, mas se for pensar nessas coisas, é muito interessante.


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